Ponta das Contendas

A Ponta das Contendas localiza-se na ilha Terceira, (Açores)

Nesta zona encontram-se os restos do que foi um Forte Militar de protecção da costa contra a invasão da ilha por tropas de outras potências marítimas dos anos de 1500 e 1600, que faz parte de toda uma vasta rede de pequenos e grandes fortes que ao redor da ilha Terceira foram construídos para a protecção dos preciosos carregamentos de ouro, prata, especiarias entre outros bens que a esta ilha chegavam vindos da Ásia, África e das Américas, principalmente do Brasil.

É também um importante santuário da fauna e flora indígenas da ilha Terceira constituindo assim uma das mais importantes Áreas Ambientais dos Açores. É uma das Zonas de Protecção Especial para Aves Selvagens. ZPE (Açores) que ocupa uma superfície de 93 há, ocupando um sector da zona costeira baixa e ilhéus adjacentes.

A particularidade geomorfológica desta zona teve origem em lavas que atravessaram a vertentes sudoeste do Pico dos Cornos, que ao atingirem a costa originaram uma península muito estreitas com cerca de 500 metros de comprimento.

A baía que aqui se pode observar, conhecida por Baía das Minas ou Baía das Mós, é ladeada pela Ponta das Contendas e pelo que resta da anterior península, a qual por acção da erosão, essencialmente marinha, hoje apresenta a seguinte descontinuidade: Ilhéu do Feno, separado do Pico dos Cornos por uma estreita brecha aberta pelo mar; Ilhéu das Garajaus, ligado ao anterior por uma faixa baixa e estrita; Ilhéu da Mina, sem ligação e um pouco mais afastado. Muitas espécies de aves, de passagem ou residentes, podem ser observadas neste local.

Nidificam aqui o Cagarro (Calonectris diomedea), o Garajau-rosado (Sterna-dougallii) e o Garajau-comum (Sterna-hirundo). Estas aves estão rigorosamente protegidas por leis nacionais e internacionais. Põem 1 a 2 ovos de pequenas dimensões em ninhos, feitos no chão com pedaços de plantas e pequenas pedras e por isso difíceis de ver. Se as colónias forem perturbadas pela presença humana, os pais podem deixar de alimentar as crias, que chegam a morrer se a perturbação se prolongar.

Portanto meus amigos não perturbem este local de rara beleza.

1 comentário:

Nuno de Sousa disse...

Bela imagem bom texto, aqui vamos sentindo essa tua bela ilha.
Abraço
Nuno