Lagoa das Patas ou da Falca

Lagoa das Patas ou da Falca é uma lagoa de pequena dimensão situada junto a uma ribeira de águas de escorrência com origem na Serra de Santa Bárbara, que a alimenta.

Encontra-se rodeada por florestas de criptomérias de grandes dimensões plantadas pelos serviços florestais. Por detrás desta lagoa encontra-se uma zona natural de acumulações pluviais composta por uma turfeira bastante grande e plana. Ao longo da ribeira que alimenta esta lagoa é possível observar-se uma grande variedade da flora indigna das ilhas principalmente composta por cedro-do-mato Juniperus brevifolia), Urze (Erica azorica) endémica dos Açores e a faia-da-terra (Myrica faya) autóctone dos Açores.

Devido a se encontrar já a uma conta de altitude bastante elevada é dada a grandes nevoeiros e silêncios.

Devido à forte intervenção humana a zona envolvente tem sofrido bastantes atentados ecológicos que se manifestaram na perda de biodiversidade tanto da flora como da fauna.

É possível no entanto observar-se bastantes aves, principalmente o pato bravo ou mudo, o ganso, o pardal, a lambandeira, o melro, o estorninho e bastantes gaivotas, facto este algo estranho dado a grande distância a que esta lagoa se encontra do mar. Surgem ainda dezenas de outras aves migratórias que passam pela lagoa a caminho do seu destino

Porto Judeu

Porto Judeu é uma freguesia, com 28,90 km² de área. Fez parte do concelho de São Sebastião até à sua extinção em 1870. A Freguesia Porto Judeu foi desde sempre dedicada às pescas. Tem um porto e excelente zona de banhos. Situa-se numa zona muito seca o que lhe permite ter um microclima também seco e sadio. A vista que os Ilhéus das Cabras lhe oferecem é excelente. Numa noite de luar quando a lua desponta por entre os dois ilhéus solitários no mar traz-nos à memória os tempos idos as caravelas do passado. A Baía do Refugo localizada na costa sul da ilha Terceira, na freguesia de Porto Judeu. Trata-se de uma zona balnear costeira cuja formação geológica teve origem na erupção do vulcão do Algar do Carvão, dado as lavas deste vulcão terem escorrido até ao mar atingindo a costa desde a localidade da Serretinha, freguesia da Feteira até ao Porto Judeu formando toda uma zona de terra queimada caracterizada pelas suas pedras de basalto negro de grandes dimensões misturadas com grandes quantidades de escórias. Ao chegar ao mar esta corrente de lava deu origem a algumas baías destacando-se entre elas a Baía do Refugo que se antigamente foi varadouro piscatório, actualmente é uma zona balnear com piscina natural e dotada de área para jogos. No dia 28 de Agosto de 1893 um Furacão, a maior tempestade de que há memória nos Açores provocou grande enchente de mar e em conjunto com fortes ventos arruinou casas, igrejas e palheiros. Também os portos foram severamente atingidos com perda de embarcações. Os danos deste furacão ainda são visíveis nalguns pontos da costa, nomeadamente na antiga, e hoje abandonada, Igreja Velha de São Mateus da Calheta, e nas ruínas da Baía do Refugo. A Baía do Refugo é classificada pelo Governo Regional dos Açores como zona balnear do tipo 1, enquadrando-se nas zonas equipadas com uso intensivo, adjacentes ou não a aglomerados urbanos que detêm um nível elevado de infra-estruturas, apoios e ou equipamentos destinados a assegurar os serviços de utilização pública.

Ponta das Contendas

A Ponta das Contendas localiza-se na ilha Terceira, (Açores)

Nesta zona encontram-se os restos do que foi um Forte Militar de protecção da costa contra a invasão da ilha por tropas de outras potências marítimas dos anos de 1500 e 1600, que faz parte de toda uma vasta rede de pequenos e grandes fortes que ao redor da ilha Terceira foram construídos para a protecção dos preciosos carregamentos de ouro, prata, especiarias entre outros bens que a esta ilha chegavam vindos da Ásia, África e das Américas, principalmente do Brasil.

É também um importante santuário da fauna e flora indígenas da ilha Terceira constituindo assim uma das mais importantes Áreas Ambientais dos Açores. É uma das Zonas de Protecção Especial para Aves Selvagens. ZPE (Açores) que ocupa uma superfície de 93 há, ocupando um sector da zona costeira baixa e ilhéus adjacentes.

A particularidade geomorfológica desta zona teve origem em lavas que atravessaram a vertentes sudoeste do Pico dos Cornos, que ao atingirem a costa originaram uma península muito estreitas com cerca de 500 metros de comprimento.

A baía que aqui se pode observar, conhecida por Baía das Minas ou Baía das Mós, é ladeada pela Ponta das Contendas e pelo que resta da anterior península, a qual por acção da erosão, essencialmente marinha, hoje apresenta a seguinte descontinuidade: Ilhéu do Feno, separado do Pico dos Cornos por uma estreita brecha aberta pelo mar; Ilhéu das Garajaus, ligado ao anterior por uma faixa baixa e estrita; Ilhéu da Mina, sem ligação e um pouco mais afastado. Muitas espécies de aves, de passagem ou residentes, podem ser observadas neste local.

Nidificam aqui o Cagarro (Calonectris diomedea), o Garajau-rosado (Sterna-dougallii) e o Garajau-comum (Sterna-hirundo). Estas aves estão rigorosamente protegidas por leis nacionais e internacionais. Põem 1 a 2 ovos de pequenas dimensões em ninhos, feitos no chão com pedaços de plantas e pequenas pedras e por isso difíceis de ver. Se as colónias forem perturbadas pela presença humana, os pais podem deixar de alimentar as crias, que chegam a morrer se a perturbação se prolongar.

Portanto meus amigos não perturbem este local de rara beleza.

Furnas do enxofre

O que é a Laurissilva dos Açores? Esta questão foi levantada na minha foto anterior. Aqui fica a explicação:Laurissilva dos Açores é uma floresta com um índice de endemismos muito elevado, cujas origens remontam às florestas húmidas do Terciário, existentes no Sul da Europa e desaparecidas há milhões de anos, aquando das últimas glaciações.Para alem das espécies de maior porte, possui uma camada subarbustiva, geralmente muito densa, de fetos e arbustos, alguns dos quais também endémicos. Estas florestas desempenham um papel extremamente importante no aumento dos valores da precipitação nestas zonas, uma vez que interceptam os nevoeiros locais.Nestas encostas, resultante de falhas em maciço traquítico, rica em socalcos e acumulação de matéria orgânica, o estrato arbóreo é dominado por Vaccinium cylindraceum (uva-da-serra), espécie endémica dos Açores, aparecendo também outras espécies endémicas como Ilex azorica (azevinho), Laurus azorica (louro) e Juniperus brevifolia (cedro-do-mato). Noutros estratos, nomeadamente arbustivo e herbáceo, aparecem igualmente várias espécies endémicas como Eriça scoparia ssp. Azorica (urze), Hypericum foliosum (malfurada), Myrsine retusa (tamujo), Dryopteris azorica (feto), Lysimachia azorica e um endemismo macoronésico – Frangula azorica (sanguinho). Muitas destas plantas, e como já mencionei na foto anterior são protegidos pela Directiva Habitats e/ou pela Convenção de Berna e algumas destas plantas constam da Lista Vermelha das Espécies Ameaçadas da IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza e dos recursos Naturais. Outras, embora não tenham estatuto de protecção, possuem elevado valor patrimonial, por serem endémicas dos Açores, indígenas, ou características da Laurissilva dos Açores. Desculpa se vos fatiguei. A todos um grande abraço.

Furnas do enxofre 1

Furnas do enxofre 1

Lugar situado no interior da Ilha Terceira, em constante actividade vulcânica. Facto este que aquecendo o solo não deixa as plantas e os musgos naturais destas zonas se desenvolver, dando um aspecto de queimado. O fume é expelido das caldeiras e tem um cheiro muito forte a enxofre pelo que vem o seu nome. Há muitas plantas endémicas nos Açores mas é de realçar que aqui algumas se adaptaram por causa das condições existentes. Plantas e musgos únicos no mundo existem aqui e são protegidos pela Directiva Habitats e/ou pela Convenção de Berna e algumas destas plantas constam da Lista Vermelha das Espécies Ameaçadas da IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza e dos recursos Naturais. Outras, embora não tenham estatuto de protecção, possuem elevado valor patrimonial, por serem endémicas dos Açores, indígenas, ou características da Laurissilva dos Açores. O que é a Laurissilva dos Açores? É uma floresta com um índice de endemismos muito elevado.